CRM 12075-DF . RQE 7234/11945

Dr. Tiago Freitas, PhD

Especialista notratamento da dor crônica e no tratamento cirúrgico do Parkinson, tremores essenciais e espasticidade

O que é neurocirurgia Funcional?

Dor na coluna?

Existem diversas causas de dor, desde alterações degenerativas até doenças reumatológicas. Abaixo fornecemos algumas causas mais comuns de dor na coluna e que podem ser tratadas:

Hérnia de disco

A hérnia do disco ocorre quando um pequeno fragmento do núcleo “transborda” da região central do disco atingindo a região do ânulo fibroso. Esse fragmento de disco “herniado” frequentemente é responsável pela compressão de uma raiz nervosa.

Sindrome pós-laminectomia

Pode ser causada pela cicatrização/escara nas regiões de articulação ou nas próprias regiões  manipuladas na coluna. Caso a cicatriz ocorra sobre uma raiz nervosa pode haver dor neuropática

Neuralgia trigemial

É uma doença responsável por  crises de dor em face que possui as seguintes características: dor que acontece em crises de fortíssima intensidade, tipo choque/facada/raio em região da face. Ela afeta o nervo trigêmeo, o qual possui TRÊS  divisões e é responsável pela sensibilidade do rosto

Tratamentos minimamente invasivos para dores persistentes

Dr. Tiago Freitas é especialista em neurocirurgia funcional, dedicando-se ao tratamento de condições debilitantes como dor crônica, distúrbios de movimento e doenças psiquiátricas graves. Com ampla formação no Brasil e no exterior, ele utiliza técnicas avançadas e minimamente invasivas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo acolhimento e um tratamento personalizado.

Tratamento

Tratamento cirúrgico do Parkinson

Tratamento da dor em articulações

Dor de cabeça

Dor no câncer

Dor neuropática

Neuralgia pós-herpética

Tratamentos minimamente
invasivos para dor crônica

Rizotomia/
Radiofrequência

Bloqueios/Infiltrações

Medicina Regenerativa

Neuromodulação invasiva no tratamento da dor

Sistema de infusão de morfina e baclofeno

Dr. Tiago Freitas, PhD

CRM 12075-DF - RQE Neurocirurgia 7234
RQE Área Atuação em dor 11945

  • CRM 12075-DF/RQE Neurocirurgia 7234/RQE Área Atuação em dor 11945
  • Graduação em medicina pela Universidade Federal de Goiás(UFG)
  • Residência médica pelo Hospital de Base do Distrito Federal , reconhecida pelo MEC e pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia(SBN)
  • Especialização em Neurocirurgia Funcional no Hospital das Clínicas da USP
  • Especialização em Neurocirurgia Funcional, tratamento da dor e dos distúrbios de movimento, realizada na Cleveland Clinic Foundation, Ohio, EUA.
  • Área de atuação em dor pela Associação Médica Brasileira(AMB)
  • Mestrado em Ciências de Saúde pela Universidade de Brasília(Unb)
  • Doutorado em Ciências de Saúde pela Universidade de Brasília(Unb)
  • Fellow interventional Pain Procedures- WIP

Depoimentos

Perguntas Frequentes

Saiba mais na nossa aba de perguntas frequentes!

Geral

Neurocirurgia funcional é uma área da neurocirurgia focada em tratar
distúrbios relacionados ao sistema nervoso, como dor crônica, distúrbios
do movimento e condições psiquiátricas

Dor crônica na coluna, neuropática, discogênica, musculoesquelética e
dores de articulações, entre outras.

Procedimentos Minimamente Invasivos para Dor

É um procedimento que utiliza radiofrequência para reduzir ou eliminar
dor na coluna causada por degeneração das articulações facetárias.

Normalmente, os resultados aparecem de 3 a 4 semanas após o
procedimento.

Consiste em injetar anestésicos locais e/ou anti-inflamatórios nas
articulações facetárias para alívio de dor crônica.

Neuromodulação

Também conhecida como “marcapasso de coluna”, é uma técnica que
aplica microcorrentes na medula espinhal para alterar a percepção da
dor.

Síndrome pós-laminectomia, síndrome de dor complexa regional,
neuropatias e dores pélvicas crônicas, entre outras.

O procedimento é dividido em duas etapas: uma fase de teste e outra de
implantação definitiva do gerador.

Medicina Regenerativa

Técnica que utiliza plaquetas do próprio sangue do paciente para
estimular a regeneração de tecidos e aliviar dores articulares e
musculares.

É uma terapia regenerativa para condições mais graves como osteoartrite
moderada a severa, oferecendo uma resposta regenerativa intensa.

Tratamentos Específicos

Sim, ela é indicada para enxaquecas crônicas, dor neuropática e
espasmos musculares, ajudando a relaxar os músculos tensos.

Injeta medicação diretamente no líquido cérebro-espinhal, aliviando a
dor com doses menores e menos efeitos colaterais.

Como em qualquer procedimento, podem ocorrer infecção,
deslocamento do equipamento ou efeitos colaterais relacionados à
medicação. Todos os riscos são discutidos previamente com o médico.

Agendamentos e Informações

Você pode clicar em qualquer um dos botões na página que será redirecionado para o whatsapp de agendamento de consulta!

Histórico médico detalhado, exames recentes e uma lista de
medicamentos em uso.

Especialista no tratamento da dor crônica, distúrbios do movimento, epilepsias e doenças psiquiátricas

Dr. Tiago Freitas 2024. Todos os direitos reservados.

Dor na coluna

Informações aos Pacientes: Dor na coluna

O que é?

A dor na coluna é uma condição que afeta cerca de 80% da população mundial em algum momento da vida. Quando dura menos de 3 meses, é classificada como “dor aguda”; após esse período, torna-se “dor crônica”. Pode atingir diferentes regiões da coluna — cervical (pescoço), torácica (meio das costas) ou lombar (parte inferior) — e variar em intensidade e sintomas, como dor localizada, irradiada, formigamento ou fraqueza. É influenciada por fatores físicos, psicológicos e sociais, exigindo uma abordagem multidisciplinar para seu manejo.

Causas

As causas da dor na coluna são diversas e incluem condições degenerativas (envelhecimento natural), lesões traumáticas, doenças reumatológicas ou compressão nervosa. Exemplos comuns são:

Dor Discogênica: Degeneração dos discos intervertebrais, que atuam como amortecedores entre as vértebras.

Dor Facetária: Desgaste das articulações facetárias, responsáveis pela mobilidade da coluna.

Espondilolistese: Escorregamento de uma vértebra sobre outra, por enfraquecimento estrutural.

Canal Estreito: Redução do espaço no canal espinhal, comprimindo nervos.

Radiculopatia Cervical/Lombar: Compressão de raízes nervosas, muitas vezes por hérnia de disco.

Sacro-ileíte Degenerativa: Inflamação ou desgaste da articulação sacro-ilíaca.

Síndrome do Chicote: Lesão cervical por movimentos bruscos, como em acidentes.

Tratamentos

O tratamento inicial é geralmente conservador, com medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios, moduladores de dor), terapias físicas (fisioterapia, hidroterapia, quiropraxia, ortotripsia) e acupuntura, controlando a dor na maioria dos casos. Para dores persistentes, procedimentos como bloqueios/infiltrações, rizotomia por radiofrequência ou neuromodulação podem ser indicados. Em casos raros, cirurgias como descompressão ou fusão vertebral são necessárias, especialmente em condições como espondilolistese grave ou canal estreito severo. A abordagem é personalizada, dependendo da causa e da resposta do paciente, visando alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Hérnia de disco

Informações aos Pacientes: Hérnia de disco

O que é?

Os discos intervertebrais são estruturas responsáveis pela absorção do impacto na coluna , suportando especialmente as cargas /pesos dos ossos da coluna e permitindo a movimentação normal da mesma. Os discos intervertebrais são compostos de duas partes : uma parte central mole(núcleo pulposo) e uma parte fibrose periférica chamada de ânulo fibroso)

A hérnia do disco ocorre quando um pequeno fragmento do núcleo “transborda” da região central do disco atingindo a região do ânulo fibroso. Esse fragmento de disco “herniado” frequentemente é responsável pela compressão de uma raiz nervosa , causando dor, queimação,  dormência e formigamento na região da coluna lombar e principalmente dos membros inferiores(pernas e pés). A dor geralmente piora com a flexão da coluna, com os movimentos de giro da coluna e melhora no repouso e na posição deitada

A ruptura do disco intervertebral pode ser causada pela degeneração evolutiva da coluna ou por trauma

Causas

A hérnia de disco pode ser desencadeada por degeneração natural do disco devido ao envelhecimento, que reduz sua elasticidade, ou por fatores como esforço físico excessivo, movimentos repetitivos, postura inadequada ou traumas (ex.: quedas ou acidentes). Outros fatores de risco incluem obesidade, tabagismo e predisposição genética. Em alguns casos, a pressão sobre o disco aumenta até que ele se rompe, permitindo a protrusão do núcleo e a compressão de estruturas nervosas.

Tratamentos

O tratamento inicial é geralmente conservador com uso
analgésicos, anti-inflamatórios, acupuntura e fisioterapia para reduzir a dor e fortalecer a musculatura da coluna. Corticosteroides orais ou infiltrações podem ser usados para aliviar a inflamação na fase aguda. Em cerca de 90% dos casos, os sintomas melhoram em semanas sem cirurgia. Para casos persistentes ou com perda de força significativa, procedimentos como bloqueios nervosos, rizotomia pulsada de raiz nervosa(figura), medicina regenerativa ou dissectomia (retirada da hérnia) podem ser indicados. A cirurgia, como microdiscectomia ou fusão vertebral, é reservada para situações graves com comprometimento neurológico (ex.: dificuldade para andar ou controlar funções do corpo como a urina ou fezes).

Sindrome pós-laminectomia

Figura mostrando epiduroplastia

implante-de eletrodo medular

Exemplo de implante de eletrodo medular

Exemplo de implante de eletrodo de DRG lombar

Informações aos Pacientes: Sindrome pós-laminectomia

O que é?

Uma das doenças mais vistas no consultório do especialista no tratamento da dor, também chamada de “síndrome do insucesso espinhal” consiste um quadro de dor contínua, crônica e geralmente de difícil tratamento , em pacientes submetidos à realização de cirurgia de coluna prévia.

Os sintomas incluem dor tipo choque, formigamento, queimação, latejamento, pulsante, latejante, na região de coluna cervical ou lombar a depender do local da cirurgia. Pode atingir também região de nádegas, coxas, pernas e até mesmo sensação de fincadas/agulhadas nas pernas e pés

Causas

Pode ser causada pela cicatrização/escara nas regiões de articulação ou nas próprias regiões  manipuladas na coluna. Caso a cicatriz ocorra sobre uma raiz nervosa pode haver dor neuropática

Tratamentos

O tratamento começa com abordagens conservadoras, como analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, medicações que “regulam”o sistema nervoso alterado pelos procedimentos cirúrgicos e exercícios para melhorar a mobilidade e fortalecer a musculatura. Terapias complementares, como acupuntura ou TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea), podem ajudar. Para casos mais resistentes, procedimentos como bloqueios nervosos, infiltrações com corticosteroides ou neuromodulação invasiva (ex.: estimulação da medula espinhal) são opções. Revisão cirúrgica é considerada em situações específicas, como instabilidade significativa ou nova compressão nervosa, mas é evitada quando possível. O manejo multidisciplinar, incluindo suporte psicológico, é essencial para melhorar a qualidade de vida.

Neuralgia do Trigêmeo

para saber tudo sobre neuralgia trigeminal clique: www.tudosobreneuralgiatrigemeo.com.br do site de neuralgia do trigêmeo que vc está fazendo)

Informações aos Pacientes: Neuralgia do Trigêmeo

O que é?

A Neuralgia do Trigêmeo (NT) é uma doença que causa crises intensas de dor facial (choque, facada ou queimação), afetando o nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade do rosto. Divide-se em 3 regiões:

Causas

Resulta de um distúrbio no nervo trigêmeo, ligado à compressão por vasos intracranianos. Pode ser secundária a tumores ou esclerose múltipla em casos raros.

Tratamentos

Inicialmente é feito com uso de medicamentos orais  anticonvulsivantes (carbamazepina, oxcarbazepina,pregabalina,baclofeno e gabapentina). Em caso de não controle da dor ou efeitos colaterais existem diversas opções cirúrgicas como: procedimentos percutâneos com uso de agulha(balão, radiofrequência, glicerol,crioterapia), cirurgia de descompressão microvascular, radiocirurgia e toxina botulínica (Botox).

Tratamento cirúrgico do Parkinson

figura mostrando os matérias utilizados na estimulação cerebral profunda: eletrodo(fio), extensão e neuroestimulador (gerador), o qual é responsável pela corrente elétrica que navega pelo eletrodo. A bateria pode ser reposta periodicamente quando a sua energia acaba, tipicamente a cada 2-5 anos , dependendo do uso.

Para mais informações detalhadas sobre esta cirurgia acesse ao site abaixo:

parkinsonecirurgia.com.br

Informações aos Pacientes: Tratamento Cirúrgico da Doença de Parkinson

O que é?

O tratamento cirúrgico para a Doença de Parkinson é uma opção para pacientes que apresentam dificuldades no controle dos sintomas motores, mesmo com o uso de terapias convencionais. Uma das opções cirúrgicas é a estimulação cerebral profunda (ECP), também conhecida como DBS (Deep Brain Stimulation)

Causas

A cirurgia é considerada quando há perda progressiva do efeito da dopamina, necessidade de aumento progressivo da dose da medicação (“wearing off”), intolerância aos medicamentos e presença de discinesias (movimentos involuntários causados pela medicação)

Tratamentos

Estimulação Cerebral Profunda (ECP/DBS) é um procedimento que envolve a implantação de um eletrodo em regiões específicas do cérebro para emitir impulsos elétricos e regular a atividade cerebral, sendo indicado para tratar Tremor essencial, Doença de Parkinson, Distonia, além de novas aplicações para depressão e TOC. Após o implante dos eletrodos no local desejado o mesmo é conectado à um gerador que fica alojado abaixo da clavícula no plano abaixo da pele. Os geradores podem ser recarregáveis (7 a 9 anos de duração) ou não recarregáveis (2 a 4 anos de duração).

Os principais sintomas tratados no Parkinson são o tremor, a rigidez e a lentidão dos movimentos. 

Tratamento da dor em articulações

Informações aos Pacientes: Tratamento da dor em articulações

O que é?

O tratamento da dor em articulações visa aliviar a dor e melhorar a função das articulações afetadas. A dor articular pode ser causada por diversas condições, como lesões, artrite e outras doenças degenerativas

Causas

As causas da dor nas articulações podem variar, incluindo:
 
Lesões: Traumas ou entorses.
 
Artrite/artrose: Inflamação ou degeneração da articulação sacro-ilíaca.
 
Doenças reumatológicas: Artrites que afetam as articulações.

Tratamentos

Os tratamentos para dor em articulações incluem bloqueios/infiltrações(que utilizam injeções analgésicas para aliviar dores causadas por artrite ou artrose), a rizotomia, que usa radiofrequência para interromper a inervação dolorosa e a  medicina regenerativa também é uma opção, empregando materiais do próprio corpo para reparar tecidos danificados. O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) estimula a regeneração ao concentrar plaquetas do sangue, sendo útil para dores articulares e lesões. O BMA (Aspirado de Medula Óssea) utiliza células-tronco da medula óssea para tratar dores crônicas e lesões de cartilagem. Já o BMAC (Concentrado de Aspirado de Medula Óssea) é uma versão mais potente do BMA, indicada para osteoartrite severa e lesões mais graves.

Dor de cabeça

Para mais informações sobre enxaqueca acesse o site:

tratamentodeenxaqueca.com.br

Informações aos Pacientes: Dor de cabeça

O que é?

Existem centenas de causas diferentes de dor de cabeça,dentre as mais comuns podemos citar:

Causas e tipos

Enxaqueca Crônica: dor de cabeça extremamente prevalente atingindo mais de 10% da população. Possui diversos tratamentos preventivos que vão desde medicamentos, anticorpos monoclonais injetáveis, toxina botulínica (Botox), e procedimentos invasivos como hidrodissecção, radiofrequência de nervos cranianos e até mesmo implante de eletrodos para tratamento da enxaqueca.
 
Cefaleia cervicogênica: Dor de cabeça proveniente de estruturas da região cervical: músculos, ligamentos, degeneração dos discos da coluna cervical e artrose de coluna cervical. Apresenta desde tratamento clínico com fisioterapia, medicamentos, acupuntura até procedimentos minimamente invasivos como agulhamentos,bloqueios, radiofrequência, dentre outros.
 
Cefaleia em salvas e outras similares: constitui uma das piores dores de cabeça existentes, com crises de choque e latejamento unilaterais associadas a sintomas de lacrimejamento ocular, hiperemia ocular, que da pálpebra e entupimento nasal. Apresenta opção de tratamento com medicamentos, bloqueios, radiofrequência e neuromodulação.
 
Síndrome da Aceleração-Desaceleração Cervical (Chicote): Dor de cabeça resultante de lesões na coluna cervical devido a acidentes, quedas ou esportes de contato
 
Dores de cabeça neuropáticas ou atípicas: são dores em face causada por manipulações odontológicas(implantes, abscessos, manipulação dentária), traumas locais ou até mesmo herpes zoster. Apresentam diferentes opções que sempre visam a modulação dos nervos, como medicamentos para dor neuropática, bloqueios venosos e locais , radiofrequência pulsada de gânglios  e neuromodulação

Tratamentos

Os tratamentos para os diferentes tipos de dor de cabeça variam de acordo com a causa subjacente.

Para a cefaleia crônica, a rizotomia pulsada em gânglio cervical e lombar pode ser utilizada, visando a estimulação dos nervos occipital e supra-orbitário.

No caso da dor facetária cervical, o tratamento pode envolver bloqueios facetários cervicais, que consistem na injeção de anestésicos locais e/ou anti-inflamatórios esteroides nas articulações facetárias.

A neuralgia do trigêmeo pode ser tratada com medicações como carbamazepina, oxcarbazepina e gabapentina, ou através de procedimentos cirúrgicos como a compressão do gânglio de Gasser com balão, lesão por radiofrequência ou injeção de glicerol.

Já a síndrome da aceleração-desaceleração cervical (chicote) pode envolver uma abordagem multidisciplinar com fisioterapia, analgésicos e, em alguns casos, bloqueios nervosos para aliviar a dor e a tensão muscular.

Dor no câncer

sistema de infusão de morfina para dor no câncer
sistema de infusão de morfina para dor no câncer

Informações aos Pacientes: Dor no Câncer

O que é?

A dor é um sintoma extremamente frequente nos pacientes com câncer, manifestando-se em 30-70% dos doentes em todos os estágios da doença, e em 70-90% dos pacientes com histórico de doença avançada. Em 25-30% dos casos, a dor é muito intensa. A ocorrência varia conforme o órgão afetado e a natureza da neoplasia:

Localização da Dor

  • Esôfago: 87%

  • Metástases ósseas: 83%

  • Pâncreas: 81%

  • Óssea: 80%

  • Estômago: 78%

  • Mama: 74%

  • Pulmão: 73%

  • SNC: 70%

Causas

A dor no câncer pode ser causada pela infiltração do tumor em tecidos, nervos, órgãos e vasos sanguíneos, além de efeitos colaterais de tratamentos como cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Síndromes paraneoplásicas, decorrentes de substâncias liberadas pelo câncer, também podem gerar dor, assim como condições não relacionadas diretamente à doença, como a síndrome miofascial.

Tratamentos

O tratamento da dor no câncer inclui desde abordagens conservadoras, como acupuntura, fisioterapia e analgésicos comuns, até o uso de opioides potentes, como morfina, fentanil e metadona. Para casos mais graves, procedimentos invasivos podem ser necessários, como neurólise para bloquear nervos afetados, infusão de morfina na coluna (epidural ou intratecal) para analgesia prolongada e cifoplastia para estabilizar fraturas vertebrais causadas por metástases. Técnicas como cordotomia e cingulotomia também podem ser utilizadas para dores intensas e generalizadas. O controle adequado da dor melhora a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

Dor neuropática

implante-de eletrodo medular

implante de eletrodo medular

implante de eletrodo de DRG

Informações aos Pacientes: Dor neuropática

O que é?

A dor neuropática é um tipo de dor crônica causada por lesão ou disfunção dos nervos. Essa lesão pode ocorrer tanto no sistema nervoso periférico (nervos periféricos) quanto no sistema nervoso central (medula e encéfalo). A dor neuropática não tem função protetora e é considerada uma doença em si.

Causas

A dor neuropática pode ser causada por:
 
Lesões de nervos periféricos: Traumas, compressões, condições pós-cirúrgicas (como síndrome pós-laminectomia), amputações, infecções virais (herpes zoster, HIV), infecções bacterianas (hanseníase), diabetes mellitus, doenças reumatológicas, medicamentos (quimioterapias), neuropatia alcoólica, lesões das raízes nervosas por doenças da coluna, invasão de nervos por lesões de câncer.
 
Lesões do sistema nervoso central: Lesão medular por trauma, Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumas cranianos, tumores cerebrais e medulares, esclerose múltipla.
 
A síndrome de dor complexa regional é um tipo especial de dor neuropática com sintomas adicionais como inchaço, alterações de temperatura e coloração da pele.
Sintomas
Os pacientes podem descrever sensações como:
 
Queimação
 
Choque
 
Fincada
 
Dormência
 
“Trovoada”
 
Dor como se tivesse um espinho
Pode haver alterações de sensibilidade como dor ao simples toque (alodinia) e áreas de diminuição de sensibilidade associadas à dor (anestesia dolorosa).

Tratamentos

O tratamento envolve:
 
Identificação e tratamento da causa da lesão nervosa.
 
Tratamento multidisciplinar inicial: medicações (anticonvulsivantes e antidepressivos), psicoterapia, fisioterapia, acupuntura, bloqueios periféricos.
 
Neuromodulação (se o tratamento inicial não for eficaz): estimulação medular e estimulação de nervos periféricos. Para dor central, estimulação cerebral profunda e estimulação de córtex motor podem ser utilizadas.
 
Outras opções de tratamento:
 
Toxina botulínica: pode ajudar a reduzir a dor neuropática.
 
Bloqueio simpático cervical ou lombar: para alívio de dor em membros superiores ou inferiores.
 
Implante de eletrodo no Gânglio da Raiz Dorsal (GRD): para dor neuropática crônica que não responde a outros tratamentos.

Neuralgia pós-herpética

Exemplo de herpes zoster torácico

Exemplo de procedimento com ultrassom em nervo intercostal afetado pelo herpes

uso de toxina botulínica no herpes zoster

Informações aos Pacientes: Neuralgia pós-herpética

O que é?

A neuralgia pós-herpética é um tipo de dor neuropática que surge como complicação do herpes zoster. É uma dor crônica resultante de lesões ou disfunções nos nervos.

Causas

A neuralgia pós-herpética é causada por uma infecção viral.
 
Especificamente, resulta da reativação do vírus varicela-zoster, o mesmo vírus responsável pela varicela (catapora)

Tratamentos

Primeiramente lembramos que existe vacina para o herpes zoster, e todos os pacientes indicados devem ser vacinados para se prevenir essa quadro de dor neuropática.

O tratamento da neuralgia pós-herpética pode envolver:

 
Medicações: As medicações utilizadas ajudam no controle dos sinais anormais do nervo trigêmeo que acontecem com a doença. As medicações mais comumente usadas são: pregabalina, gabapentina, amitriptilina, nortriptilina, duloxetina, baclofeno
 
Bloqueios e radiofrequência pulsada: Quando o tratamento inicial é inefetivo ou o paciente não consegue tolerar o efeito das medicações , uso de substância analgésicas ou estimulação elétrica do nervos atingido podem ser realizadas
 
Toxina botulínica: A toxina botulínica pode ajudar a reduzir essa dor, bloqueando os sinais de dor que os nervos lesionados enviam para o cérebro.
 
Neuromodulação:Quando o tratamento inicial é inefetivo ou o paciente não consegue tolerar o efeito das medicações a neuromodulação pode ser  indicada, sendo a estimulação medular e a estimulação de nervos periféricos as melhores opções iniciais.
 
Implante de eletrodo no Gânglio da Raiz Dorsal (GRD): É uma técnica de neuromodulação avançada utilizada para o tratamento da dor neuropática crônica, especialmente para pacientes que não respondem adequadamente a outras modalidades de tratamento.

Rizotomia / Radiofrequência

Ilustração médica mostrando um procedimento de ablação por radiofrequência do nervo genicular, com duas agulhas de ablação conectadas a cabos pretos inseridas no joelho, direcionando ondas de radiofrequência para pontos específicos do nervo genicular, representado por linhas amarelas ao redor dos ossos e músculos do joelho

Exemplo de rizotomia sacro-ilíaca refrigerada para tratamento da dor

Informações aos Pacientes: Rizotomia / Radiofrequência

O que é?

A Rizotomia por Radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo usado para aliviar dores crônicas, como as causadas por neuralgia do trigêmeo, dores nas articulações de joelho, quadril, ombro e dores por artrose na coluna. Ela utiliza ondas de rádio para gerar calor controlado, que é aplicado a nervos específicos, interrompendo os sinais de dor enviados ao cérebro. O processo é guiado por imagem (como ultrassom e fluoroscopia) para precisão e geralmente é feito sob anestesia local + sedação leve

Causas

A necessidade de rizotomia por radiofrequência surge quando há irritação ou dano crônico em nervos sensitivos, muitas vezes devido a condições como degeneração das articulações (artrose) ou inflamação persistente.

Tratamentos

O próprio procedimento é um tratamento, mas sua aplicação varia conforme a condição. Antes da rizotomia, analgésicos, anti-inflamatórios ou bloqueios nervosos diagnósticos podem ser tentados. Durante o processo, uma agulha especial é inserida próxima ao nervo-alvo, e a radiofrequência aquece a área (60-90°C), “desativando” o nervo por 6 meses a 2 anos. Após o procedimento, fisioterapia pode ajudar na recuperação. 

Bloqueios / Infiltrações

Ilustração médica mostrando um procedimento de ablação por radiofrequência do nervo genicular, com duas agulhas de ablação conectadas a cabos pretos inseridas no joelho, direcionando ondas de radiofrequência para pontos específicos do nervo genicular, representado por linhas amarelas ao redor dos ossos e músculos do joelho

Exemplo de bloqueio lombar no tratamento da dor por hérnia discal

Informações aos Pacientes: Bloqueios/Infiltrações

O que é?

Os bloqueios ou infiltrações são procedimentos médicos em que medicamentos, como anestésicos locais (ex.: lidocaína,ropivacaína,bupivacaína) , proloterapia(dextrose) ou corticosteroides (ex.: cortisona), são injetados diretamente em áreas específicas do corpo para aliviar a dor ou inflamação. São usados em casos de dores crônicas ou agudas, como neuralgia, lombalgia, dores articulares. Podem ser aplicados em nervos, articulações, músculos ou tecidos próximos, dependendo da origem da dor, e muitas vezes são guiados por ultrassom ou fluoroscopia para maior precisão.

Causas

A necessidade de bloqueios/infiltrações geralmente está ligada a condições que causam inflamação ou irritação local, como hérnias de disco, artrite, compressão nervosa (ex.: síndrome do túnel do carpo) ou lesões musculoesqueléticas. No caso de dores neuropáticas, como a neuralgia do trigêmeo, o procedimento pode ser usado para diagnosticar ou tratar a dor ao “silenciar” temporariamente o nervo afetado.

Tratamentos

Os bloqueios/infiltrações são, por si só, uma forma de tratamento, mas também podem ser diagnósticos, ajudando a identificar a fonte da dor. O procedimento é rápido, feito sob anestesia local e sedação leve em alguns casos, e o alívio pode durar de horas a meses, dependendo do medicamento e da condição. Analgésicos ou fisioterapia são frequentemente combinados para melhores resultados.

Medicina Regenerativa

Informações aos Pacientes: Medicina Regenerativa

O que é?

A Medicina Regenerativa é uma área da saúde que utiliza os próprios recursos do corpo para reparar, regenerar ou substituir tecidos danificados, como cartilagens, ossos, músculos ou nervos. Ela inclui terapias como o uso de células-tronco, plasma rico em plaquetas (PRP), fatores de crescimento e engenharia de tecidos. É aplicada em condições como osteoartrite, lesões esportivas, dores crônicas, oferecendo uma alternativa para restaurar funções sem depender apenas de cirurgias ou medicamentos.

Causas

A necessidade de medicina regenerativa surge de danos ou degenerações nos tecidos, causados por envelhecimento, lesões traumáticas (ex.: rupturas de ligamentos), doenças crônicas (ex.: artrose) ou inflamações persistentes

Principais Abordagens

  • Terapia com Células-Tronco: Utiliza células-tronco para regenerar tecidos, sendo aplicada em condições como lesões articulares, doenças neurológicas e cardiovasculares.
  • Plasma Rico em Plaquetas (PRP): O PRP é extraído do próprio sangue do paciente e contém fatores de crescimento que aceleram a cicatrização e regeneração de tecidos, muito utilizado em ortopedia e dermatologia.
  • Bioengenharia Tecidual: Uso de biomateriais e células para criar tecidos artificiais que podem substituir tecidos lesionados.
  • Medicina Genética: Modificação genética para corrigir ou substituir genes defeituosos, tratando doenças hereditárias e degenerativas.

Tratamentos

Os tratamentos variam conforme o objetivo. O PRP, por exemplo, é obtido do sangue do paciente e injetado na área afetada para estimular a cicatrização. Células-tronco, retiradas de medula óssea ou gordura, podem ser usadas para regenerar tecidos como cartilagem ou tendões. Essas terapias são minimamente invasivas, feitas com anestesia local, e podem ser combinadas com fisioterapia para otimizar resultados. Os benefícios podem levar semanas ou meses para se manifestar, e a eficácia varia entre pacientes.

Neuromodulação invasiva no tratamento da dor

Exemplo de neuromodulação com implante de eletrodos medular e de DRG no tratamento da dor 

Informações aos Pacientes: Neuromodulação invasiva no tratamento da dor

O que é?

A neuromodulação invasiva é uma técnica avançada para tratar dores crônicas graves usando dispositivos implantados no corpo que alteram a atividade dos nervos ou do cérebro. Inclui métodos como estimulação da medula espinhal (EME), estimulação cerebral profunda (ECP) , estimulação de nervos periféricos e estimulação do gânglio da raiz dorsal(DRG) , bem como sistema de infusão de fármacos. Esses dispositivos emitem impulsos elétricos ou, em alguns casos, liberam medicamentos diretamente na área-alvo, bloqueando ou modificando os sinais de dor antes que cheguem ao cérebro. É indicada para condições como dor neuropática, dor pós-cirúrgica(síndrome pós-laminectomia), dor por isquemia crônica de membros(insuficiência vascular), neuropatias diabéticas, síndrome de dor regional complexa.

Causas

A necessidade de neuromodulação invasiva surge quando a dor crônica não responde a medicamentos, fisioterapia ou procedimentos menos invasivos. Geralmente, está ligada a danos persistentes nos nervos (ex.: por lesões ou cirurgias), doenças neurológicas (ex.: esclerose múltipla) ou alterações no processamento da dor pelo sistema nervoso central, como em casos de compressão nervosa prolongada ou inflamação crônica.

Tratamentos

Antes do implante definitivo do sistema, os pacientes passam por uma fase de teste com um dispositivo temporário para avaliar a eficácia. Na estimulação medular, por exemplo, eletrodos são implantados perto da coluna, conectados a um gerador de impulsos (similar a um marca-passo), ajustável por controle externo. A cirurgia é feita sob anestesia, e o dispositivo pode permanecer por anos. Medicamentos como analgésicos podem ser reduzidos após o implante. 

Sistema de infusão de morfina e baclofeno

Informações aos Pacientes: Sistema de infusão de morfina e baclofeno

O que é?

O sistema de infusão de morfina e baclofeno é um tratamento invasivo que utiliza uma bomba implantável para administrar medicamentos diretamente no líquido espinhal (espaço intratecal) ao redor da medula espinhal. A morfina, um potente analgésico opioide, é usada para aliviar dores crônicas severas, enquanto o baclofeno, um relaxante muscular, trata espasticidade grave (rigidez muscular) associada a condições como esclerose múltipla, paralisia cerebral ou lesões medulares. A bomba, do tamanho de um disco pequeno, é implantada sob a pele, geralmente no abdômen, e conectada a um cateter que leva o medicamento à medula.

Causas

A necessidade desse sistema surge em casos de dor intensa ou espasticidade que não respondem a medicamentos orais, injetáveis ou outros tratamentos menos invasivos. A dor pode ser decorrente de câncer, neuropatia grave ou falha de cirurgias anteriores, enquanto a espasticidade é comum em doenças neurológicas que afetam o controle muscular. Essas condições muitas vezes exigem doses altas de remédios, que, por via oral, causam efeitos colaterais intoleráveis.

Tratamentos

O procedimento começa com um teste (injeção intratecal temporária) para confirmar a eficácia. Se aprovado, a bomba é implantada cirurgicamente sob anestesia e programada para liberar doses controladas de morfina, baclofeno ou uma combinação, ajustáveis pelo médico. O dispositivo precisa de recarga a cada 1-3 meses em consultório. Os benefícios incluem alívio significativo da dor ou espasticidade com doses menores que as orais, reduzindo efeitos colaterais como sonolência ou náusea. Riscos envolvem infecção, falha da bomba ou deslocamento do cateter, mas é uma solução eficaz para casos graves e refratários.